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Enxaqueca: Vencendo as dores de cabeça.

Enxaqueca: Descubra como vencer as dores de cabeça intensas e recuperar sua qualidade de vida!

Você já sentiu aquela dor de cabeça intensa, pulsante e acompanhada de náuseas e sensibilidade à luz? Se sim, pode ser que você tenha experimentado os sintomas da enxaqueca. Uma condição neurológica crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Neste texto, exploraremos o que é a enxaqueca, seus diferentes tipos, sintomas, prevenção, tratamentos disponíveis e remédios comumente utilizados. Aprenda a lidar com essa condição e melhore sua qualidade de vida.

O que é a enxaqueca?

É uma vilã que afeta cerca de 15% da população mundial, principalmente as mulheres. É uma condição em que a pessoa experimenta dores de cabeça intensas e recorrentes, que podem vir acompanhadas de náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e ao som. É como se tivéssemos uma festa indesejada no cérebro!

Tipos de enxaqueca:

Existem muitos tipos de enxaqueca, e é importante conhecer a diferença entre eles para melhor gerenciar e tratar os sintomas.

Enxaqueca sem aura: Esta é a forma mais comum de enxaqueca, caracterizada por dor moderada a grave que geralmente ocorre em um lado da cabeça. Ela é muitas vezes acompanhada de náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som.

Com aura: Cerca de um quarto das pessoas com enxaqueca experimentam uma “aura” antes do início da dor. Auras são perturbações visuais, como flashes de luz ou padrões ziguezagueantes.

Enxaqueca crônica: Este tipo de enxaqueca ocorre 15 ou mais dias por mês durante pelo menos três meses. É um tipo de enxaqueca mais raro, mas mais debilitante.

Enxaqueca hemiplégica: Este é um tipo raro e grave de enxaqueca que causa sintomas temporários de fraqueza, às vezes até paralisia, antes ou durante a dor de cabeça.

Causas e Gatilhos

Entender a enxaqueca é um pouco como descascar uma cebola gigante – camada por camada, e algumas vezes, pode fazer você chorar. Mas não se preocupe, estamos aqui para descascar essa “cebola” juntos e descobrir o que realmente causa essas dores de cabeça indesejáveis.

Fatores Ambientais

Estamos falando de coisas como luzes piscantes ou muito brilhantes, ruídos altos, cheiros fortes ou mudanças climáticas abruptas. Imagine estar em uma sala com música alta, luzes estroboscópicas e alguém usando um perfume muito forte. Agora, isso parece um pesadelo para qualquer um, não só para quem tem enxaqueca (Hougaard A, Amin FM, Hauge AW, Ashina M, Olesen J. 2013).

Dieta e Estilo de Vida

Pense na sua rotina diária como um quebra-cabeça. As peças representam tudo, desde o que você come até a quantidade de sono que você consegue. Alimentos específicos, falta de exercícios, desidratação, privação do sono, ou até mesmo o consumo excessivo de cafeína podem ser possíveis “peças erradas” nesse quebra-cabeça. Por exemplo, você sabia que queijos envelhecidos, vinho tinto e chocolate (sim, triste mas verdadeiro) podem ser gatilhos para algumas pessoas?

Fatores Emocionais e de Estresse

Nosso cérebro e nossas emoções têm uma relação muito íntima. Estresse, ansiedade, depressão ou até mesmo relaxamento após um período de estresse podem atuar como gatilhos para a enxaqueca. Por exemplo, você já teve aquela dor de cabeça latejante bem no meio das férias? Isso é o que chamamos de “dor de cabeça de final de semana” (Lipton RB, Hamelsky SW, Kolodner KB, Steiner TJ, Stewart WF. 2000).

Hormônios e Enxaqueca

Os hormônios, especialmente para as mulheres, podem desempenhar um grande papel na enxaqueca. Muitas mulheres experimentam enxaquecas relacionadas ao ciclo menstrual, quando os níveis de estrogênio flutuam. Também é por isso que algumas mulheres podem notar mudanças na sua enxaqueca durante a gravidez ou a menopausa (MacGregor EA. 2014).

Prevenção: 

Para evitar que a enxaqueca arruíne nossos dias, podemos tomar algumas medidas. Identificar e evitar os gatilhos é fundamental! Estresse, alterações hormonais, falta de sono, certos alimentos e até mesmo cheiros fortes podem ser os vilões responsáveis por desencadear as crises. Além disso, levar uma vida saudável, com alimentação equilibrada, boas noites de sono e gerenciamento do estresse, é como montar uma defesa contra os ataques da enxaqueca. 

Identificando e evitando gatilhos

Imagine a enxaqueca como um amigo mal-humorado despertado por certos gatilhos. Seja uma barra de chocolate, estresse ou chuva, descobrir o que acorda esse amigo é crucial. Como? Um diário de enxaqueca é seu aliado nessa missão. Anote suas atividades, alimentação e humor diários. Com o tempo, padrões surgirão e você aprenderá a evitar os gatilhos.

Terapias Preventivas

Se evitar gatilhos não basta, talvez seja hora de considerar terapias preventivas. E não, isso não significa necessariamente tomar um remédio todos os dias. Podem ser técnicas de relaxamento ou até acupuntura, que podem ser tão eficazes quanto medicamentos, segundo estudos.

Saúde e bem-estar geral

Cuidar do corpo é uma estratégia importante na prevenção da enxaqueca. Isso inclui dormir bem, alimentar-se adequadamente e fazer exercícios regularmente. Considere isso como uma receita para uma vida saudável, que ainda pode manter as enxaquecas afastadas. Lembre-se, cada jornada é única, e você não está sozinho nessa luta contra a enxaqueca e há muitos recursos e pessoas dispostas a ajudar, existem inúmeros institutos e associações, como Abraces – Associação Brasileira de Cefaleia em Salvas e Enxaqueca

Tratamento

Tratamentos Medicamentosos

O tratamento medicamentoso da enxaqueca pode ser uma benção para muitos que sofrem dessa condição. Há uma variedade de medicamentos disponíveis, que incluem analgésicos de venda livre como o paracetamol, medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno, e triptanos, que são medicamentos específicos para a enxaqueca.

Os triptanos, por exemplo, funcionam contraindo os vasos sanguíneos ao redor do cérebro. Sumatriptano é um dos mais comuns dessa categoria (Goadsby, P.J., et al., 2008). A escolha do medicamento, no entanto, deve sempre ser feita em conjunto com um profissional de saúde, já que cada caso é único e requer uma abordagem personalizada.

Tratamentos Naturais

Se você é daqueles que gosta de soluções mais naturais, há uma série de opções que podem ajudar a aliviar a enxaqueca.

Vitaminas e suplementos minerais, por exemplo, têm sido objeto de estudo. Um estudo de 2015 descobriu que a vitamina B2 (riboflavina) pode ajudar a reduzir a frequência das crises de enxaqueca (Condó, M., et al., 2015). A coenzima Q10 e o magnésio também são apontados como possíveis auxílios naturais para a enxaqueca (Gross, E.C., et al., 2020).

Alimentos ricos em ômega-3, como o salmão, também podem contribuir para a redução da frequência das crises. Uma pesquisa de 2018 mostrou uma ligação entre a dieta rica em peixes gordurosos e uma menor frequência de crises de enxaqueca (Ghorbani, Z., et al., 2018).

Terapias Complementares e Alternativas

Terapias complementares também têm um papel importante no tratamento da enxaqueca. A acupuntura, por exemplo, tem sido amplamente estudada como uma opção de tratamento eficaz (Linde, K., et al., 2016).

A prática regular de yoga também pode ajudar a reduzir a frequência e a intensidade das crises de enxaqueca (Saraswati, L.S., et al., 2020). Além disso, técnicas de relaxamento como a meditação mindfulness podem ser úteis para gerenciar o estresse e, consequentemente, prevenir as crises de enxaqueca.

Manejo do Estilo de Vida e Autocuidado

Manter uma rotina regular de sono, fazer exercícios físicos de forma regular e manter uma alimentação saudável são todas estratégias-chave para gerenciar a enxaqueca. É importante evitar gatilhos conhecidos, que podem incluir certos alimentos, luzes brilhantes e ruídos altos. Viver com enxaqueca pode ser desafiador, mas com as ferramentas e estratégias certas, é possível ter uma vida plena e gratificante. 

Alguns suplementos podem ser úteis no tratamento da enxaqueca:

Coenzima Q10: A coenzima Q10 é um nutriente essencial envolvido na produção de energia celular. Estudos demonstraram que a suplementação com coenzima Q10 pode ser benéfica para algumas pessoas com enxaqueca (Hershey, A.D., et al., 2007).

Magnésio: O magnésio é outro mineral que pode ajudar. Estudos têm mostrado que pessoas com enxaqueca muitas vezes têm baixos níveis de magnésio no sangue e tecidos. Um estudo de 2012 mostrou que a suplementação com magnésio pode prevenir a enxaqueca (Chiu, H.Y., et al., 2016).

Vitamina B2 (Riboflavina): A riboflavina tem um papel crucial no metabolismo energético das células do nosso corpo, incluindo as células cerebrais. Um estudo controlado por placebo mostrou que a suplementação diária de 400 mg de riboflavina pode reduzir significativamente a frequência e a duração das crises de enxaqueca em adultos (Boehnke, C., et al., 2004).

Vitamina D: A vitamina D tem vários papéis importantes no corpo, incluindo a modulação da inflamação. Estudos recentes sugerem que a suplementação de vitamina D pode ajudar na prevenção de crises de enxaqueca, especialmente em pessoas com deficiência de vitamina D (Mottaghi, T., et al., 2018).

Complexo de Vitamina B: Algumas pesquisas sugerem que o complexo de vitamina B (especialmente as vitaminas B6, B9 e B12) pode reduzir a frequência e a severidade das crises de enxaqueca. Este efeito pode estar relacionado à capacidade do complexo de vitamina B de reduzir os níveis de homocisteína, uma substância que pode estar associada à enxaqueca (Menon, S., et al., 2016).

Evitar:

Evitar alimentos ricos em feniletilamina e tiramina (como chocolate e vinho tinto) e adoçantes artificiais, pode ajudar a reduzir os episódios de enxaqueca. 

A feniletilamina é uma substância encontrada naturalmente em alguns alimentos, incluindo o chocolate. É também um composto que nosso cérebro produz naturalmente, e tem um efeito estimulante que pode nos fazer sentir bem. Porém, em algumas pessoas, a feniletilamina pode desencadear enxaquecas (Martin VT, Vij B. 2016).

A tiramina é uma substância que ocorre naturalmente em alguns alimentos, como queijos envelhecidos, carnes curadas, cerveja de barril, vinho tinto e também no chocolate. Alguns estudos sugerem que a tiramina pode desencadear enxaquecas em algumas pessoas, embora isso não seja verdade para todos (Sun-Edelstein C, Mauskop A. 2009). Então, evitar alimentos ricos em tiramina pode potencialmente ajudar a reduzir os episódios de enxaqueca em algumas pessoas.

Quanto aos adoçantes artificiais, alguns estudos têm sugerido uma possível associação entre o consumo de aspartame (um tipo de adoçante artificial) e dores de cabeça, incluindo enxaquecas (Newman LC, Lipton RB. 2001). No entanto, esses estudos geralmente se baseiam em relatos de pacientes, e estudos de maior qualidade ainda são necessários para confirmar essa associação.

E quando a enxaqueca aparece, o que fazer?

Podemos contar com medicamentos para aliviar os sintomas. Os analgésicos comuns, como paracetamol e ibuprofeno, podem ser eficazes quando a dor é mais leve. Mas, em casos de enxaquecas mais intensas, existem medicamentos específicos, como os triptanos, que atuam nas causas da enxaqueca e ajudam a diminuir a inflamação dos vasos sanguíneos no cérebro. Além disso, aproveite técnicas de relaxamento, como massagens suaves e respiração profunda, para dar um abraço gostoso na dor.

Conclusão:

Enfrentar a enxaqueca pode ser desafiador, mas não estamos sozinhos nessa batalha. Compreender os diferentes tipos de enxaqueca, identificar os gatilhos, adotar medidas de prevenção e buscar tratamentos adequados são passos importantes para aliviar os sintomas e melhorar nossa qualidade de vida. Lembre-se, cada pessoa é única, então é fundamental contar com o auxílio de um médico especialista, que vai nos ajudar a encontrar a melhor estratégia para driblar as crises da enxaqueca. Vamos dar um chega pra lá nessa dorzinha e seguir em frente, aproveitando cada momento sem preocupações!

 

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